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Uma megausina solar no Saara


Consórcio de empresas lança projeto megalômano que pretende
produzir eletricidade no deserto africano, cruzar o Mar Mediterrâneo
e abastecer a Europa. A maior barreira é o custo: 400 bilhões de euros

Os desertos do planeta recebem mais energia do sol em seis horas do que todo o consumo da humanidade em um ano. Estima-se que apenas 1% da superfície de 9,1 milhões de quilômetros quadrados do Saara, onde o sol brilha 4 800 horas por ano, seria suficiente para suprir as necessidades energéticas de todo o mundo. Esse potencial de fonte alternativa, no entanto, permanece até hoje mal aproveitado, pelas limitações logísticas que se impõem à geração de eletricidade em grande escala a partir da radiação solar. Um passo significativo no sentido de utilizar melhor a energia do sol foi dado na semana passada, com a assinatura na Alemanha de uma carta de intenções num consórcio de doze empresas, que apresentou o Desertec, um projeto para produzir eletricidade no Saara, no norte da África, e abastecer a Europa.
Os números envolvidos são megalômanos. O custo estimado para a conclusão da obra é de 400 bilhões de euros, um valor equivalente a 40% do PIB brasileiro. O sistema de espelhos refletores, redes de transmissão e usinas cobrirá uma área de 6 000 quilômetros quadrados, em países no norte da África. Concluso, o megaprojeto teria uma capacidade instalada de 100 gigawatts. O sistema conseguiria atender a 15% da demanda europeia em 2050. Com ele seria possível produzir energia o bastante para suprir o Brasil por seis meses, ou o equivalente a quatro Itaipus. Seus idealizadores acreditam que, num mundo de crescente escassez energética e de necessidade premente de buscar fontes que não sejam de origem fóssil, são boas as chances de que o plano saia do papel. O investimento ganhou o apoio da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.
"O Desertec nasceu de um desafio global de produzir energia limpa e atender às crescentes demandas energéticas no mundo", afirmou a VEJA Gerhard Knies, coordenador da Cooperação de Energia Renovável Transmediterrânea (TREC), fundação que conduziu o projeto. Para construí-lo, seriam empregadas 240 000 pessoas, seis vezes o número de trabalhadores que ergueram Itaipu. Já existem outras usinas de geração de energia a partir do sol no mundo, mas numa escala muito menor. A maior delas se encontra no Deserto de Mojave, na Califórnia. Mas a capacidade do Desertec será 300 vezes superior à dessa usina americana.
A tecnologia será baseada na produção de energia solar por meio de placas fototérmicas. Milhares de espelhos enfileirados refletem os raios de sol para canos que contêm um fluido. No caso do Desertec, será um óleo especial. Esse líquido é aquecido a 100 graus e leva o calor até um reservatório com água. O contato do óleo quente com a água fria libera vapor, que é conduzido a turbinas. A transmissão da energia será feita a partir de tecnologia de corrente contínua em alta-tensão. Os cabos percorrerão uma extensão de até 2 000 quilômetros e cruzarão o fundo do Mediterrâneo.
Até 2050, há ainda um longo caminho a seguir. O principal desafio é, sem dúvida, o financiamento. Estima-se que o valor mínimo para o início das obras seja de 10 bilhões de euros, dinheiro alto em tempos de crise mundial.
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Resenha: Solução ou problema?

A Europa está investindo pesado para gerar energia, esta energia é a do Sol, ou seja, uma Megausina Solar, eles pretendem produzir eletricidade no deserto africano, cruzar o mar Mediterrâneo e abastecer a Europa, como no Saara o Sol é mais intenso e este espaço não é utilizado, então os Europeus resolveram aproveitar desse espaço para fins energéticos. A geração de energia deste projeto, poderia abastecer o Brasil durante 6 meses.
Os números para financiamento deste projeto é imenso, ele custa cerca de 400 bilhões de euros, esta megausina cobrirá uma área de aproximadamente 6000 quilômetros quadrados. Esse projeto recebeu apoio de vários lugares, a Chanceler da Alemanha, e do presidente Europeu.
Existem no mundo outras usinas como essa mas com produção de energia muito menor, a maior delas é a dos Estados Unidos, na Califórnia. Mas a capacidade desse projeto chamado de Desertec será de 300 vezes maior do que a de Califórnia.
A tecnologia que eles se baseam é a fototérmica. Ela transforma a energia solar em energia térmica, sendo essa levada a entrar em contato com água fria, liberando assim um vapor, que é conduzido pelas turbinas, será feita uma transmissão a partir de corrente contínua de alta-tensão. Esses cabos pecorrerão uma extensão de até 2000 Km e cruzarão o fundo do Mediterrâneo.
O pequeno e grande problema deste projeto é, sem dúvida, o financiamento isso é um problema, pois, a Europa foi atingida pela crise Mundial.
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